domingo, 3 de agosto de 2008

Notícias do II Congresso Nacional de Mulheres do PPS

Data: 1/12/2007
Por: Luís Zanini
Seção: Partido

CLÉIA SCHIAVO TRAÇA HISTÓRICO DA LUTA DA MULHER
PELO ESPAÇO PÚBLICO

A professora Cléia Schiavo abriu, neste sábado, a rodada de exposições temáticas do II Congresso Nacional de Mulheres do PPS, que acontece em Brasília até amanhã. Ela abordou o tema da mulher no espaço público e privado com abordagem mítica e histórica da trajetória da luta feminina pela igualdade de condições com os homens.

Cléia contou as militantes do PPS a sua experiência com o trabalho de pesquisa sobre a colonização alemã no Vale do Mucuri, na região Norte de Minas Gerais.

Segundo ela, as mulheres alemãs que vierem para a região rompem de certa forma a questão mítica de que o espaço público e de domínio do homem e o privado da mulher, ao terem a noção história da existência dos dois lados.

A ocupação do espaço público pelas mulheres, observou Cléia, começa a aumentar na revolução industrial, mesmo com a consolidação da socidade patriarcal de "domínio do homem sobre a mulher". A professora assentuou que o poder masculino contaminou a sociedade, mas a limitação do espaço homem-mulher ganhou força na burguesia com a luta pelo sufrágio feminino.

Com o atrito entre o capitalismo e o operariado no espaço urbano das cidades, disse Cléia, a mulher vai se incorporando "maciçamente no mercado de trabalho" para se consolidar na vida pública. Para ela, os movimentos feministas nos anos 60 e 70 foram importantes para incorporar e aumentar a influência da mulher na sociedade brasileira.

Segundo a professora, as mulheres continuam rompendo com as fronterias do espaço público pelo poder da comunicação, com a dissiminação da rede mundial de computadores, para fazerem a "revolução" contra o ranço patriarcal que ainda persiste.
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Data: 1/12/2007
Por: Nadja Rocha
Seção: Política
foto: Tuca Pinheiro

Soninha disse que representação das mulheres na política é "irreal" e não reflete a sociedade

SONINHA CONCLAMA AS MULHERES A REAGIREM CONTRA
O PRECONCEITO NA POLÍTICA

"Não podemos ficar calados. Devemos reagir às coisas injustas e às práticas cristalizadas", disse, neste sábado, a vereadora Soninha Francine (PPS-SP), em palestra no II Congresso Nacional de Mulheres do PPS, que acontece até domingo, em Brasília.

Para a parlamentar, a representação das mulheres nas câmaras e assembléias é irreal, por isso ela defende que a militância deve lutar para mudar o atual quadro político. "Queremos uma representação que tenha a fisionomia da nossa sociedade", completou.

Para Soninha, ampliar a participação política das mulheres no Estado, na sociedade e nos partidos é fundamental para a consolidação da democracia no país.

Ela criticou a sub-representação feminina no Parlamento. "Precisamos sair no conformismo e partir para a prática", enfatizou.

Ao falar de sua experiência pessoal, Soninha contou que enfrentou várias dificuldades ao entrar para a política, mas, para driblar o preconceito, adotou a mesma estratégia de jornalista esportiva em sua atuação na Câmara de Vereadores de São Paulo. "Não baixo a guarda, não aceito provocação e procuro sempre manter o debate em alto nível", disse.

A vereadora fez o relato de sua experiência como comentarista e articulista de futebol no ESPN Brasil. Logo no início, ela disse que foi discriminada pelos espectadores. Por várias vezes, recebeu "conselhos" ofensivos à sua condição de mulher de estar em um meio execessivamente dominado pelos homens. "De vez em quando, recebia e-mails do tipo: "Vai lavar roupa ou lugar de mulher é na cozinha", contou, bem-humorada.

Francine afirmou que, aos poucos, a coisa foi mudando, à medida que ela se afirmava na profissão, mas quando informa, em sua coluna, que um certo time vai descer para uma divisão inferior, o preconceito volta à tona: "Só podia ser mulher", revelou.

MILITÂNCIA

No final da palestra, Soninha Francine citou Daiane dos Santos como um exemplo na quebra de preconceito no país. Para ela, mesmo sem ser militante, a ginasta chamou atenção não por seu estoicismo e por ser negra, mas por ser "excepcional" no que faz. Mesmo assim, abriu espaço numa área do esporte dominada por atletas brancos. "Por causa de Daiane, hoje, os jovens negros já podem ser ginastas. Essa militância silenciosa de Daiene é a que modifica o mundo", concluiu a vereadora pelo PPS, que é pré-candidata à prefeitura de São Paulo.
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Data: 1/12/2007
Por: Luís Zanini
Seção: Política

Almeida advertiu que as propostas de plebiscitos e referendos do governo Lula colocam em risco a democracia direta

ALMEIDA DESTACA IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO POLÍTICA
NA LUTA DAS MULHERES

O dirigente do PPS, Francisco Inácio Almeida, destacou, neste sábado, no II Congresso Nacional de Mulheres do partido, em Brasília, a importância da formação política para a luta feminina. Segundo ele, mesmo sendo maioria na população, as elites brasileiras dificultam a inclusão da mulher no espaço político.

Para Almeida, o processo de verticalização do exercício do poder no Brasil, que ganha força com o governo Lula, deforma ainda mais a participação popular nas questões nacionais. Ele disse que esse processo acaba propiciando a ação individual, "a coisa minha e a cosa nostra", em detrimento dos interesses coletivos.

As propostas de plebiscitos e referendos defendidas pelo atual governo, a chamada democracia direta, coloca em risco a democracia participativa na visão de Almeida. "Para mudarmos a sociedade, é preciso forjar a luta pela igualdade e o caminho dessa luta é a educação pela revolução tecnológica, científica e do conhecimento que estamos vivenciando. A teoria ilumina a prática", afirmou.

Almeida destacou ainda às militantes pessistas que conhecimento é ter "informação e formação". "A preocupação com a formação política é democrática e não pode ser ultrapassada pela vontadade individual ou partidária", disse, ao condenar o aparelhamento das entidades sindicais e estudantis pelo governo Lula.

Na avaliação do dirigente, a "manipulação partidária é analfabetismo político" e deve ser combatida com veêmencia por todos do PPS.

O dirigente falou também sobre os cursos de formação política direcionados aos candidatos do partido nas eleições de 2008, e dos seminários programados para o segundo semestre do ano que vem para comemorar os 50 do documento do PCB (Partido Comunista Brasileiro, antecessor do PPS) em defesa da democracia e os 120 anos do fim da escravatura no Brasil.

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Data: 2/12/2007
Por: William Passos
Seção: Partido

MULHERES DO PPS QUEREM GARANTIR PELO MENOS 30% DO
TEMPO DE TV

Para incentivar ainda mais a participação feminina na política, as integrantes da Coordenação Nacional de Mulheres aprovaram neste fim-de-semana em Brasília duas importantes resoluções.
Um dos documentos estabelece a reserva de pelo menos 30% do tempo destinado à propaganda partidária para promover a participação política delas. A íntegra dos documentos estará disponível em breve no Portal.

Outra resolução aprovada prevê que 3% do Fundo Partidário recebido pelo PPS sejam repassados para a Coordenação Nacional de Mulheres. O mesmo percentual é estabelecido para transferência pelos Diretórios Estaduais às coordenações locais de mulheres.

O grupo considera que as sugestões vão fortalecer o movimento feminino na busca por maior inserção na vida política e por novas lideranças, principalmente, com a aproximação do período eleitoral.

Os documentos serão enviados à Direção Nacional do PPS.

PLATAFORMA

As diretrizes da nova plataforma política da Coordenação Nacional de Mulheres aprovada durante o Congresso serão enviadas à bancada do partido na Câmara dos Deputados.
A plataforma destaca a importância da participação das militantes em movimentos organizados da sociedade civil e na elaboração de políticas públicas dirigidas à defesa da democracia e inclusão de sexo/gênero, etária, étnica, orientação sexual e condição social e econômica, com orçamentos próprios e mediante processos/representações legítimas.

O documento aborda também questões dos direitos civis, integridade pessoal, educação, saúde, sexualidade, violência de gênero, trabalho, geração de renda e trabalho doméstico.
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Data: 2/12/2007
Por: Diógenes Botelho
Seção: Partido

CONGRESSO DE MULHERES APROVA PLATAFORMA POLÍTICA

O II Congresso Nacional de Mulheres do PPS aprovou neste domingo (2), em Brasília, sua plataforma política. O documento aborda questões como a conquista de maior espaço para as mulheres da direção do partido (com cota mínima de 30%) e apoio para que elas possam disputar eleições em igualdade com os homens, aumentando a representação delas nos legislativos e executivos.

A plataforma salienta ainda para a importância da participação das militantes em movimentos organizados da sociedade civil e na elaboração de políticas públicas dirigidas à defesa da democracia e inclusão de sexo/gênero, etária, étnica, orientação sexual e condição social e econômica, com orçamentos próprios e mediante processos/representações legítimas.

O documento aborda também questões dos direitos civis, integridade pessoal, educação, saúde, sexualidade, violência de gênero, trabalho, geração de renda e trabalho doméstico.

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